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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estrutura celular: Principais organelas I

Membrana plasmática

A membrana plasmática é a organela responsável por delimitar as dimensões da célula, assim como permitir a entrada de algumas partículas dentro dela e/ou impedir a entrada de outras. Essa característica é denominada permeabilidade seletiva. Apesar de não conseguirmos observar a membrana plasmática (podemos apenas perceber onde ela começa e onde ela termina), sua composição é bastante conhecida, sendo formada por uma bicamada fosfolipídica e proteínas que podem atravessar ou não essa bicamada e mudam de posição continuamente. O modelo que descreve essa composição foi proposto por S. J. Singer e G. L. Nicolson em 1972 e é chamado de modelo do mosaico fluído.

Figura demonstrando a composição da membrana plasmática de acordo com o modelo do mosaico fluído proposto por S. J. Singer e G. L. Nicolson em 1972. Cores-fantasia.

Os fosfolipídios que formam a bicamada da membrana plasmática possuem duas regiões bem definidas, uma polar (cabeça) e outra apolar (cauda), sendo por isso chamadas de anfipáticas ou anfifílicas. Além disso, a região polar fica em contato com a face interna e/ou externa da célula enquanto que a região apolar fica na porção interna da membrana. 

Essas características são as que possibilitam a permeabilidade seletiva da membrana mencionada anteriormente. Por isso, para que algum componente possa entrar ou sair de dentro da célula deve ocorrer o que chamamos de transporte de membrana que pode ser dividido em transporte ativo ou passivo.




Glicocálice (Glicocálix)

A palavra glicocálice deriva do grego, onde glykys se refere a glicídio e calyx à envoltório. Essa estrutura está localizada na face externa da membrana plasmática da maioria das células animais e de alguns protozoários e tem como característica principal o conjunto de de glicídios e glicoproteínas associados aos lipídios e proteínas da própria membrana plasmática.

Glicocálice. A - Modelo com cores-fantasia representando o glicocálice (azul) associado as proteínas e lipídios da membrana plasmática. B - Imagem de microscopia eletrônica de varredura mostrando o glicocálice (glycocalyx) em células do intestino delgado.

Além de garantir maior resistência à célula, conferindo uma barreira físico-química aos agentes externos, o glicocálice também é responsável por permitir que as células sejam reconhecíveis por outras células próximas a ela (atuando como uma "impressão digital") e a retenção substâncias, como proteínas, hormônios e sais minerais, aumentando a eficiência da célula em questão.

Parede celular

A parede celular é uma estrutura presente na maior parte dos reinos existentes (Plantae, Fungi e Monera) e apresenta como principal característica sua rigidez, dando menos possibilidade às células que a possuem de modificarem sua forma. Enquanto que em bactérias e cianobactérias sua parede celular é constituída de peptídioglicanos, em fungos ela é formada por quitina e em plantas basicamente por celulose.
Modelos representando a parede celular de organismos de diferentes reinos. A - Célula bacteriana, B - Célula vegetal e C - Células de um fungo.

No caso da parede celular das células vegetais, chamada também de parede celulósica, ela pode se apresentar de duas formas, parede celular primária e secundária. A parede celular primária está associada às células que sofreram divisão celular recentemente e necessitam de sua maleabilidade para poder crescer. Conforme a célula aumenta de tamanho novas deposições de celulose, lignina e suberina garantem o espessamento da parede e menor maleabilidade, chamando-se parede celular secundária. Esse processo é muito importante no Reino Plantae, garantindo rigidez na forma e sustentação às plantas.

Outra característica importante da parede celular nesses organismos são poros, chamados de plasmodesmos, que permitem a troca de materiais entre as células adjacentes.

Célula vegetal e suas principais estruturas.



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