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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Reino Protista: Introdução

O reino Protista (Protozoa: do grego proto = primeiro e zoon = animal) agrega o grupo polifilético de seres vivos unicelulares ou multicelulares não formadores de tecidos. Tal grupo pode ser dividido primeiramente em heterotróficos (amebas, paramécios, flagelados e giardia) e autotróficos (euglenas, dinoflagelados, diatomáceas e etc.). Os protozoários podem ser encontrados em ambiente terrestre (geralmente associados à animais em um processo denominado simbiose) e aquático, tanto marinho quanto de água doce.

Vídeo produzido pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) sob coordenação da professora Sônia Lopes. Nele é possível observar a diversidade de espécies de protozoários e heterotróficos.

(A) Protozoário flagelado, (B) protozoário rizópode e (C) esquema representando a diversidade encontrada em protozoários heterotróficos.
Representantes autotróficos do reino Protista.


Osmorregulação

Os protozoários que vivem em ambiente aquático dulcícola (água doce) possuem maior concentração de íons em seu interior do que o ambiente externo. Por isso, a entrada de água dentro do organismo através do processo de osmose não pode ser evitado. 

Durante a colonização desse habitat foram selecionados positivamente indivíduos que poderiam excretar o excesso de água acumulado pelo processo de osmose, resultando na formação de um vacúolo contrátil ou pulsátil. Essa organela tem como função expelir o excesso de água acumulado na célula através de contrações impulsionadas pelo citoesqueleto celular.

Vídeo demonstrando o funcionamento do vacúolo pulsátil, localizado no canto superior direito do ciliado.

Em alguns livros podemos encontrar que vacúolos contráteis são exclusividade de um grupo de protozoários, os rizópodes. No entanto, podemos encontra-los também em indivíduos de outros grupos que também habitam ambientes de água doce, como os ciliados.

Importância Econômica


A grande maioria de espécies do reino Protista possuem vida-livre. No entanto, também podemos encontrar espécies simbióticas e parasitas.

Plâncton

No caso de protozoários aquáticos de vida-livre, os mesmos podem ser alimento para fauna aquática, constituindo o plâncton (zooplâncton no caso de protozoários heterotróficos e phytoplancton em protozoários autotróficos) ou, também, predadores de outros organismos unicelulares e decompositores. Sendo assim, a manutenção desses organismos em seu habitat é de grande importância para a manutenção do ecossistema em que eles se encontram.

Simbiose

Alguns protozoários, por possuírem a capacidade de degradar a celulose presente na parede celular de células vegetais, foram selecionados positivamente pelo ambiente a coexistir com animais invertebrados (cupins) e vertebrados (ruminantes). A simbiose, relação ecológica proveniente dessa interação interespecífica, trouxe vantagens para ambas as espécies tão intrínsecas às suas historias de vida que não pode mais ser desfeita.

Cupim e protozoário do gênero Trichonympha que vive no intestino médio do inseto. A relação simbiótica garante proteção para o protozoário e energia (glicose) para o cupim proveniente da quebra da celulose da madeira.


Parasitas

Doenças como malária, giardíase, doença de Chagas, leishmaniose e amebíase são causadas por protozoários. Essas espécies podem ser encontradas vivendo dentro de insetos hematófagos (hospedeiro intermediário), sendo passadas ao homem (hospedeiro definitivo) durante sua alimentação (doença de Chagas) ou através da ingestão de líquidos ou alimento contaminado (amebíase).
(A) O barbeiro Rhodinus prolixus é o hospedeiro intermediário do protozoário (B) Trypanossoma cruzi, responsável por causal a doença de Chagas na espécie humana.

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