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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Reino Animalia: Filo Porifera

O filo Porifera pertence ao Reino Animalia, sub-Reino Parazoa, devido à ausência de tecidos e sua assimetria. Esses são os representantes mais antigos do Reino Animalia e acredita-se que eles tenham surgido há aproximadamente 1 bilhão de anos, tendo cerca de 8.000 espécies descritas atualmente. Elas não possuem folhetos embrionário durante o seu desenvolvimento e, consequentemente, são acelomados e não possuem uma cavidade digestiva.

Durante sua fase adulta elas são sésseis, ou seja, permanecem fixas a um substrato, podendo ou não formar colônias. Esponjas possuem elevada taxa de regeneração, sendo que mesmo após serem trituradas, suas minúsculas partes ainda são capazes de se reorganizar.

A imagem acima ilustra a diversidade que podemos encontrar de representantes do Filo Porífera.


Organização corporal

Apesar de não possuírem órgãos ou tecidos definidos, os poríferos possuem células altamente especializadas que são fundamentais para o funcionamento do organismo como um todo. Para entendermos como uma esponja é capaz de captar seu alimento precisamos observa-la por um ponto de vista macroscópico e também microscópico.

Modelo mostrando as principais estruturas e células de um porífero.
Macroscópico

Para obter o seu alimento e eliminar restos provenientes da digestão dessas partículas a esponja precisa criar um fluxo de água que transporte essas partículas através do seu corpo, removendo suas excretas e trazendo seu alimento. Sendo assim, temos os poros inalantes que ficam distribuídos por toda sua superfície corporal para que ocorra a entrada de água e micropartículas, o átrio ou epongiocele, região onde a água inalante irá permanecer por um curto período de tempo para que as micropartículas possam ser absorvidas e o ósculo, abertura maior, localizada geralmente no topo das esponjas, por onde a água no átrio será liberada.

O vídeo abaixo mostra a capacidade de gerar um fluxo de água ao seu redor, trazendo-a para dentro de sua espongiocele e eliminando-a pelo seu ósculo.

Microscópico

Para que o fluxo de água descrito acima ocorra é importante que as células especializadas desses animais exerçam suas funções corretamente. Vejamos os principais tipos celulares e estruturas.

Coanócitos: São células flageladas que revestem a porção interna do átrio (epongiocele), o bater de seus flagelos é o responsável por gerar o fluxo de água que irá garantir a eliminação de excretas e absorção de nutrientes pela esponja. Durante a reprodução sexuadas, alguns coanócitos podem se diferenciar e formar espermatozóides que irão participar do processo de fecundação.

Pinacócitos: Os pinacócitos são células placóides responsáveis por delimitar as paredes da esponja, protegendo-a contra partículas invasoras. São células justapostas que formam a meso-hilo, porção interna da esponja.

Porócitos: Os responsáveis por permitir a entrada de água e micronutrientes na esponja.

Amebócitos (escleroblastos): Células indiferenciadas que participam na regeneração da esponja, podendo assumir o papel de qualquer outra célula mencionada acima. Elas também são responsáveis por secretar as espículas e por serem as células precursoras na formação do óvulo durante a reprodução sexuada que permanece no meso-hilo aguardando a chegada do espermatozoide.

Espículas: São estruturas secretadas por amebócitos formadas geralmente por CaCO3 e por SiO2. Elas são responsáveis por garantir a sustentação e forma da esponja. Existem uma grande diversidade na morfologia das espículas e essa característica é muito usada por taxonomistas desse grupo na identificação das espécies.

Reprodução

Os poríferos podem se reproduzir de forma assexuada (sem a troca de material genético entre indivíduos) e sexuada (com a troca de material genético entre indivíduos). 

Assexuada

Existem duas formas principais de reprodução assexuada. A primeira, chamada de brotamento, ocorre quando uma nova esponja se desenvolve a partir de um indivíduo anterior, podendo se manter conectada a ele ou não. Quando ocorre a permanência do novo organismo ao antigo há a formação de uma colônia. Na segunda, chamada de gemulação, ocorre a formação de uma gema no interior da esponja de consistência rígida que será posteriormente liberada na água e irá se desenvolver em um organismo adulto em um local distante do organismo gerador. O processo de gemulação ocorre comumente em espécies de água doce.

Reprodução assexuada por brotamento em poríferos.
Além das duas formas mencionadas acima os poríferos podem se reproduzir através da fragmentação. Caso o seu corpo seja partido cada novo pedaço irá originar um novo indivíduo geneticamente idêntico ao anterior.

Sexuada

Na forma sexuada de reprodução ocorre a troca de gametas, sendo que os espermatozoides são provenientes de coanócitos e óvulos dos amebócitos. Os espermatozóides são liberados na água e nadam de encontro à uma outra esponja, invadindo o seu meso-hilo em busca do óvulo que ali permanece após a sua formação.

As esponjas possuem desenvolvimento indireto, ou seja, elas passam por uma fase larval entre o estágio embrionário e sua fase adulta. As larvas dos poríferos podem ser de dois tipos: anfiblástula, quando apenas uma porção do embrião é flagelado, e parenquimula, quando todo o embrião é recoberto por cílios.

Modelo representando a reprodução sexuada dos poríferos. A larva em questão é do tipo anfiblástula.


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