Fisiologia
Seu sistema nervoso é ganglionar e nas espécies que possuem uma concha sua secreção ocorre através do manto ou pálio. O sistema digestório é completo, ou seja, possuem boca e ânus. Um órgão acessório chamado hepatopâncreas auxilia na digestão dos alimentos. Moluscos são animais de hábitos alimentares variados, podendo ser herbívoros e predadores. Os resíduos metabólicos produzidos durante seu metabolismo são eliminados por metanefrídeos através do poro excretor.
O sistema respiratório desses animais pode variar dependendo do habitat que ele ocupa. Caso a espécie seja terrestre sua respiração será pulmonada, enquanto que espécies aquáticas respiram por meio de brânquias.
O sistema circulatório, uma novidade no grupo, é o responsável por carregar os nutrientes obtidos através da alimentação por todo o corpo do indivíduo. Esse sistema pode se dividir em dois subgrupos: aberto e fechado. No sistema aberto, presente nas classes Gastropoda e Bivalve, a hemolinfa circulante sai dos vasos e é liberada em uma cavidade onde ocorrem as trocas de nutrientes e excretas, sendo posteriormente filtradas pelo sistema excretor. No sistema fechado, presente nos Cefalópodes, há a circulação de sangue que não será despejado em nenhuma cavidade, sempre permanecendo dentro dos vasos e acelerando a troca de nutrientes.
Taxonomia
Classe Gastropoda
O nome Gastropoda deriva do grego (Gastros = estômago e Podos = pé) e é representado pelas lesmas e caracóis. O grupo pode ser encontrado em ambientes aquáticos e terrestres e utilizam uma estrutura chamada de rádula para raspar e triturar o seu alimento. Geralmente são monóicos, possuindo uma glândula chamada de ovoteste. Seu desenvolvimento é direto. Seu manto secreta uma carapaça em peça única, geralmente em espiral, que o corpo do indivíduo pode ser retraído.
Classe Bivalvia (Pelecypoda)
Os bivalves, geralmente representados pelas ostras e mexilhões, são compostos pelos moluscos que possuem duas valvas ou peças calcárias secretadas pelo manto que protegem o interior de seu corpo. São organismos que possuem baixa motilidade e obtêm seu alimento através de dois sifões, um exalante e outro inalante, pelo processo de filtração. O grupo não possui representantes terrestres, sendo encontrados apenas em ambientes marinhos e de água doce.
Antigamente os bivalves eram chamados de Pelecypodes (do grego, pelekys = machado, podos = pé) devido ao seu grande pé que pode ser projetado para fora de seu revestimento calcário e propulsiona-lo. Essa característica permite que esses indivíduos possam fugir de predadores, como alguns gastrópodes aquáticos capazes de perfurar sua carapaça.
Classe Cephalopoda
Os cefalópodes (kephalos = cabeça e podos = pé) são constituídos pelos polvos, lulas, náutilos e sépias e são os representantes mais complexos do filo Mollusca. Eles vivem exclusivamente no ambiente marinho, possuem olhos de complexidade análoga ao de vertebrados, circulação fechada e são considerados os invertebrados mais inteligentes atualmente descritos.
Além da concha interna presente em alguns cefalópodes (lulas e sépias) ou externa (náutilos) outra estrutura rígida que esses indivíduos possuem é um bico quitinoso que utilizam para triturar seus alimentos. Um sifão capaz de liberar pequenas quantidades de água com elevada propulsão auxiliando o cefalópode na sua movimentação e agilidade. Apesar de serem predadores eles também podem se tornar presas, por isso, quando ameaçados são capazes de contrair uma bolsa interna que libera tinta e auxilia-lo na fuga.
Geralmente os cefalópodes são semelpáras, ou seja, colocam todos seus esforços em apenas um evento reprodutivo, morrendo em seguida.
Os tentáculos são uma característica marcante nos representantes desse grupo, podendo possuir ventosas em parte dele ou em sua totalidade. Essas estruturas garantem alta motilidade e permitem a manipulação de objetos com destreza. Enquanto as lulas possuem oito braços retráteis e outros dois mais longos não-retráteis, os polvos possuem oito braços semelhantes entre si.
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