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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Reino Protista: Doenças

A amebíase é causada pelo rizópode da espécie Entamoeba hystolica e seus principais sintomas são: diarreia (podendo apresentar sangue nas fezes), dores abdominais, flatulência, perda de peso e desidratação.

A pessoa infectada libera cistos do protozoário pelas suas fezes. Esses cistos são bastante resistentes e podem contaminar o solo, água e alimentos. A ingestão desses alimentos e água contaminadas são a forma de contágio mais comum. Assim que o cisto chega ao intestino grosso o cisto se rompe e libera quatro trofozoítos, forma ativa da E. hystolitica que se alimenta de bactérias, resíduos alimentares e de hemácias que podem ser liberadas dentro do intestino a partir de processos inflamatórios e/ou feridas causadas pelo próprio protozoário. Após um certo período que pode variar entre algumas semanas e até mesmo alguns anos o trofozoíto secreta um envoltório proteico que constitui novamente um cisto. Apesar de um trofozoíto ser responsável por formar apenas um único cisto, um cisto pode liberar quatro trofozoítos posteriormente. Esse processo ocorre a partir do ciclo sexuado entre adultos haplóides com meiose zigótica.

Esquema ilustrando o ciclo de vida do protozoário rizópode Entamoeba hystolica.

Modelo ilustrando o ciclo sexuado entre adultos haplóides com meiose zigótica. Fonte: Ruppert e Barnes, 1996.

Doença de Chagas (Tripanossomíase americana)

A doença foi descrita pela primeira vez pelo epidemiologista brasileiro Carlos Chagas no início do século XX. Sua transmissão no ser humano ocorre a partir de insetos hematófagos da subfamília Triatominae (ordem: Hemiptera) chamados de barbeiros, que enquanto se alimentam também eliminam suas fezes contaminadas pelo parasita sob a pele da pessoa. A coceira resultante da picada empurra as fezes na mesma direção e inocula o protozoário em sua corrente sanguínea.

Essa doença está geralmente associada à ambientes rurais, onde ocorre a construção de casas de pau-a-pique que fornecem esconderijo para o barbeiro durante o dia em frestas presentes na construção da casa. O inseto apresenta atividade noturna e durante esse período procuram a superfície exposta do corpo da pessoa para se alimentar. O nome barbeiro origina-se do fato de a face das pessoas geralmente é a região mais exposta de seu corpo quando estão dormindo.

Outras mecanismos de transmissão também já foram descritos, como transfusão de sangue, transplante de órgãos e ingestão de material contaminado, como o que aconteceu com a ingestão de caldo de cana em Santa Catarina em 2010.

O protozoário flagelado apresenta duas fases em seu ciclo de vida, a primeira chamada de amastigota está presente dentro das células do indivíduo infectado, geralmente na musculatura cardíaca e a segunda, chamada de tripomastigota, é a fase flagelada em que o indivíduo se encontra na corrente sanguínea do hospedeiro. A doença é caracterizada por duas fases, a primeira aguda, ocorrendo logo após a infecção e a segunda crônica, podendo ocorrer décadas após a infecção.

Esquema representando o ciclo de vida do protozoário flagelado Trypanossoma cruzi.

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